quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Ano da Fé



 
 
No dia 11 de outubro de 2011, pela Carta Apostólica “Porta fidei”, o Papa Bento XVI proclamou um novo Ano da Fé, que será de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, Solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II.

O último Ano da Fé proclamado por um papa foi em 1967 quando, após o Concílio Vaticano II, o Pontífice Paulo VI o proclamou e o encerrou com a sua "Profissão de Fé", o “Credo do Povo de Deus”. O objetivo era dissipar os erros de doutrina que se propagavam após o Concílio Vaticano II. Também para que houvesse, em toda a Igreja, “uma autêntica e sincera profissão da mesma fé”. Certamente, Bento XVI quer hoje também coibir os erros de doutrina que se espalham na Igreja.
O Papa Bento XVI começa dizendo que "não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida" (cf.Mt 5,13-16). "Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna" (Jo 6,27). O Santo Padre lembra que, na data de 11 de outubro de 2012, completam-se vinte anos da publicação do "Catecismo da Igreja Católica". Ele ressalta que convocou um Sínodo dos Bispos para o mês de outubro de 2012 tendo por tema "a nova evangelização para a transmissão da fé cristã".

O Pontífice fala efusivamente da importância do Concílio Vaticano II: "Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça que beneficiou a Igreja no século XX. Nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa”. Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: "Se o lermos e recebermos, guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja”. Essas palavras do Papa fazem calar aqueles que se opõem ao Concílio.
 
O Ano da Fé, diz o Papa, é um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (cf. At4,12). Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias”. O Papa quer que, neste Ano da Fé, tanto as comunidades religiosas como as paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, “façam publicamente profissão do Credo”. Ele quer que cada crente “confesse a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança”.

O Papa lembra que a profissão de fé não pode ser apenas algo privado, no silêncio dos lares e da Igreja, mas pública: "Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso público. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé, precisamente por que é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anuncia a própria fé a toda gente”. Assim, o Papa pede uma ação clara contra o laicismo anticatólico agressivo que quer confinar a fé nas casas e nas igrejas.

Fortemente, o Papa Bento XVI chama a atenção para o uso do "Catecismo da Igreja" no Ano da Fé. "Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. o Beato João Paulo II escrevia: “Este Catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial”. “O Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história.
Desde a Sagrada Escritura aos padres da Igreja, desde os mestres de teologia aos santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé. O Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração”.
E continua o Papa: “No ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural”.
 
Por fim, o Papa pede que, ao longo deste ano, mantenhamos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, “autor e consumador da fé” (Heb 12,2); pois “o justo vive pela fé” (Hab 2,3; Rm 1, 17; Gal 3. 11; Hb 10,38) e “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6).
 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

AS TRÊS PENEIRAS




Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo.

Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras?

- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade.

Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?

Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta e, arremata Sócrates:

-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.


Tamo junto Galera!!!

Abraços 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

SAIA DA ESCURIDÃO



O Evangelho (Mc 10, 46-52) relata-nos a passagem de Jesus pela cidade de Jericó e a cura do cego Bartimeu, que estava à beira do caminho, pedindo esmola. Pouco antes de sua Paixão, Jesus está a caminho para Jerusalém, acompanhado dos seus discípulos e grande multidão. Percebendo que Jesus passava, o cego começou a gritar:

“Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Muitos mandam que ele se cale, mas ele grita mais alto ainda, pedindo compaixão. Jesus se detém e diz: “Chamai-o”. Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” Deixando seu manto, deu um pulo e foi até Jesus. Estabelece-se o diálogo decisivo. “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

Esse homem que vive na escuridão, mas sente ânsia de luz, de cura, compreendeu que aquela era a sua a sua oportunidade: Jesus estava muito perto da sua vida. Quantos dias não tinha esperado por esse momento! O mestre está agora ao alcance da sua voz! Por isso, se bem que o repreendiam para que se calasse, ele não lhes fez caso nenhum e cada vez gritava mais alto. Não podia perder aquela ocasião.

Que exemplo para a nossa vida! Cristo, que nunca deixa de estar ao alcance da nossa voz, da nossa oração, passa às vezes mais perto, para que nos atrevamos a chamá-Lo com força. Comenta Santo Agostinho: “Temo que Jesus passe e não volte”. Não podemos deixar que as graças passem como a água da chuva sobre a terra dura. Temos que gritar para Jesus muitas vezes: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!

Ao chamar por Ele, consolam-nos estas palavras de São Bernardo, que tornamos nossas: “O meu único mérito é a misericórdia do Senhor. Não serei pobre em mérito enquanto Ele não o for em misericórdia. E como a misericórdia do Senhor é abundante, abundantes são também os meus méritos”.
Com esses méritos, acudimos a Ele: Jesus, filho de Davi… Gritamos-lhe, afirma Santo Agostinho, com a oração e com as obras que devem acompanhá-la. As boas obras, especialmente a caridade, o trabalho bem feito, a limpeza da alma através da confissão contrita dos nossos pecados, dão o aval a esse clamor diante de Jesus que passa.

O cego, depois de vencer o obstáculo dos que estavam à sua volta, conseguiu o que tanto desejava.


Percebe-se aqui o valor da perseverança, da constância! O Senhor tinha-o ouvido já da primeira vez, mas quis que Bartimeu nos desse um exemplo de insistência na oração, de perseverança até chegar à presença do Senhor.

Vale a pena meditar na cena quando Jesus, parando, mandou chamar Bartimeu! E alguns dizem-lhe: “Tem confiança; levanta-te; Ele te chama”. É a vocação cristã! Mas, na vida de cada um de nós, não há apenas um chamamento de Deus. O Senhor procura-nos a todo o instante: levanta-te – diz-nos – e sai da tua preguiça, do teu comodismo, dos teus pequenos egoísmos, dos teus problemazinhos sem importância. Desapega-te da terra; estás aí rasteiro, achatado e informe. Ganha altura, peso, volume e visão sobrenatural.

O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Atirou a capa! Não te esqueças de que, para chegar até Cristo, é preciso o sacrifício. Jogar fora tudo o que estorva: manta, mochila, cantil. Tens de proceder da mesma maneira nesta luta pela glória de Deus, nesta luta de amor e paz, com que procuramos difundir o reinado de Cristo.

Neste processo é decisiva a fé em Jesus Cristo, o Filho de Davi. Comentando a cura de Bartimeu, diz São Josemaría Escrivá: “Agora é contigo que Cristo fala. Diz-te: que queres de Mim? Que eu veja, Senhor, que eu veja! E Jesus: Vai, a tua fé curou. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. Segui-Lo pelo caminho! Tu tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanha-Lo pelo caminho. Tu procuras seguir o seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: portanto, a tua fé – fé nessa luz que o Senhor te vai dando – deverá ser operativa e sacrificada. Não te iludas, não penses em descobrir novas formas. É assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao Seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo” (Amigos de Deus, 195 – 198).

Pois, para aproximar-se de Jesus é sempre necessário deixar algo, nem que seja somente o manto! Importante ainda que se queira ver novamente! Então, basta confiar e corresponder: segui-Lo pelo caminho!

Possamos repetir ao longo do dia: Senhor que eu veja o que queres de mim! Senhora, minha Mãe, que eu veja o que o teu Filho me pede agora, nestas circunstâncias, e que eu, generosamente, faça-Lhe a entrega do que for descoberto!

Nunca duvidemos da segurança que Cristo nos dá, com o seu olhar amabilíssimo pousado constantemente em nós!

Fonte: www.cancaonova.com.br

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS




Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Glorioso São Francisco, Santo da simplicidade, do amor e da alegria. No céu contemplais as perfeições infinitas de Deus. Lançai sobre nós o vosso olhar cheio de bondade. Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e corporais. Rogai ao nosso Pai e Criador que nos conceda as graças que pedimos por vossa intercessão, vós que sempre fostes tão amigo dele. E inflamai o nosso coração de amor sempre maior a Deus e aos nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.
São Francisco de Assis, rogai por nós. Amém

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

SER JOVEM NO MUNDO DE HOJE

“Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo” (Jo17, 15s).

O mundo em que vivemos nos apresenta inúmeras barreiras que nos impulsionam a tomarmos atitudes contrárias à vontade de Deus.

A cada momento somos induzidos a fazer o que é mal, nos atirando para a realização da vontade da carne e agindo como se fossemos do mundo, mas não o somos, pois pertencemos Áquele que nos amou e se entregou por nós.

Deus te dá total liberdade para atuar no palco da sua vida como mero figurante ou de assumir o papel de filho amado de Deus sendo o protagonista da sua própria história.

“Ser” do mundo é viver segundo suas regras, mergulhando na libertinagem, idolatrias, inimizades, ódio, discórdias, ciúmes brigas... é como se você tivesse ganhado o papel principal e mesmo assim quisesse ser um simples figurante.

No palco da sua vida, Jesus conquistou para você o papel principal, diferente de ser figurante, ser protagonista não é uma tarefa fácil, mas ao mesmo tempo é cheio de grandes emoções, aventuras, muitas lutas... é claro, recheado de vitórias, que para ser alcançada é preciso dar alguns passos:

1º PASSO: Querer é poder.Ninguém vive feliz sem ter objetivos, sendo que a fé e a esperança são as grandes motivadoras que o impulsiona a alcança-los, pois o querer é seu e o poder é de Deus.
Certamente você já deve ter se perguntado: “O que eu quero da minha vida?” Você tem a liberdade de escolher se quer ser um bom médico, bom professor, bom estudante, passar em um concurso público ou vestibular, ser um bom cristão, e tantas outras oportunidades. Se você já fez essa pergunta e pensou em algo, diga para si mesmo: “Eu posso!” Acredite em você, na presença fiel de Deus ao seu lado e que essas palavras tem poder para agir na sua vida, assim estará fazendo uma forte e positiva experiência da ação de Deus na sua história.

2º PASSO: Lute!Quanto mais o homem luta pelos seus ideais, mais se assemelha ao seu Criador. A história do povo de Deus é marcada por muitas lutas, vemos o exemplo de Moisés que recebeu a importante missão de libertar o povo da escravidão conduzindo-os para a terra prometida; ele sabia do poder de Deus agindo além de suas forças, que nem mesmo o exército do faraó conseguiria superar. Foi esse poder que nomeou Moisés para ser um vitorioso.
Quando se tem metas na vida é preciso batalhar para torna-las real, utilizando sempre as armas que o Senhor te oferece. Primeiramente ore para que seus ideais sejam os mesmos que os de Deus para você e siga em frente não desperdiçando as oportunidades providenciais que aparecerem em seu caminho, por mais difícil que seja, não desista de seus objetivos, pois desistir deles é desistir de lutar e a vitória só é conquistada com a luta.

3º PASSO: Você não vive sozinho.“Um amigo fiel é uma poderosa proteção, quem o achou descobriu um tesouro”(Eclo 6,14).
Como deve ser triste a vida daqueles que não possuem verdadeiras amizades. “Amigos” por interesse há inúmeros, você só se dará conta disso no momento que o interesse acabar ou diante das provações quando seu “amigo” se afastar, aí verá que apenas os verdadeiros prevalecem.
O Senhor coloca em sua vida amigos fiéis, tesouros que precisam ser preservados, pessoas que você pode confiar, desabafar, que irá também ser a “Voz de Deus” para instruir e caminhar contigo a fim de que nos momentos difíceis e fáceis ele estará ao seu lado, dando forças para que você consiga dizer não quando o mundo te pressionar a se afastar de Deus. Tenha amigos e seja amigo, seja um tesouro para os outros.

Como você é protagonista da sua vida, se for preciso dar novos passos, tenha criatividade! Deixe que a luz do Espírito Santo o inspire e fortaleça a fim de que você tenha sempre coragem de dizer o seu sim a Deus dando o melhor de si, vencendo seus limites e testemunhando em seus atos Cristo Ressuscitado, na certeza que o prêmio do “Oscar Celeste” já está conquistado, mas nunca esqueça que você não está sozinho e que existe outros “palcos-vidas” de pessoas que ainda não se deram conta de seu precioso papel. Essa missão agora é sua! Mostre a essas pessoas o “Diretor” da sua vida que é Jesus e que ao praticarmos suas instruções seremos todos protagonistas, vivendo no mundo mas não sendo do mundo e sim peregrinos em busca da Pátria Celeste.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

TOME A SUA CRUZ


Olá amigos, sábado na nossa reunião o tema foi TOME A SUA CRUZ:



Nosso Senhor também disse: "quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me".

Ora, a vida do católico (e de toda a criatura), neste terra, é um "vale de lágrimas".

O sofrimento é um sinal de benção de Deus, que ama seus filhos e os ajuda e chegarem até Ele. Quando você conhecer alguém que não tenha sofrimento, desconfie. Ele pode estar recebendo nessa terra o pagamento pelo que já fez de bom, pois não receberá na eternidade... O homem justo expia os seus pecados e os dos outros, como Cristo expiou por nós na Redenção.

Existe um livro muito interessante, chamado "carta do Além", que não tem nada de espírita. Trata-se de um sonho de uma freira. Nesse sonho, essa freira recebe uma carta de uma antiga amiga, que havia sido condenada ao inferno. Depois de ler a carta, ela transcreve em um papel. Nesse documento, a amiga diz, claramente, que Deus já tinha dado à ela, durante a sua vida, tudo o que lhe era de "direito", por cada ato bom que, em algum momento de sua vida, ela havia feito.

Voltando ao sofrimento, hoje é pouco conhecido o motivo que leva o Padre, durante o ofertório, a acrescentar uma gota de água ao vinho que será transformado no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa gota de água é o nosso sofrimento, de cada homem, que é unido ao sofrimento de Cristo, segundo nos ensina S. Paulo, como já visto:"Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e completo, na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo" (Colossenses 1, 24).

Quanto mais uma pessoa pode sofrer pelos outros (e por si), tanto mais ela se aproxima de Deus por seus méritos e pela assistência de que necessita.

Nós vimos até agora que Jesus nos chamou para este grupo, nos deu uma nova missão, nos escolheu, o AMOR dele é tão grande que morreu na cruz para nos salvar, para nos dar a chance de buscar uma nova vida, porém é necessário cada um carregar sua cruz, se entregar nas mãos de Jesus, orar mais e aumentar a nossa fé, que é essencial para a nossa caminhada.

Pode-se observar que, normalmente, quanto mais sofrida é a pessoa, tanto mais ela tem Fé em Deus. O sofrimento aproxima o homem de seu criador, assim como uma criança procura seu pai quando não consegue resolver por si mesma algum problema.

Portanto, não devemos nos assustar com pessoas que sofrem mais do que outras. Elas foram chamadas a uma vocação específica e muito grande. Elas compram graças para os outros e intercedem, com seus sofrimentos, junto ao trono de Deus.

Temos o caso de Jó, na Sagrada Escritura.

Como Jó era fiel, o demônio dizia que a fidelidade dele advinha do fato de que ele tinha riquezas. Deus, então, permitiu que o demônio retirasse a riqueza de seu servo Jó. E assim foi. Jó ficou pobre e, na sua pobreza, bendizia ao Senhor seu Deus: "Deus me deu, Deus me tirou, louvado seja o santo nome de Deus". O demônio, ainda não satisfeito, afirmou que ele era fiel apenas por que tinha uma família muito boa e com muitos filhos. Novamente, Deus permitiu que o demônio atentasse contra a família de Jó. Morreram os seus filhos, ficou apenas a sua mulher. Esta, para provocar a Jó, dizia que ele deveria maldizer a Deus. Jó, porém, repetia: "Deus me deu, Deus me tirou, louvado seja o santo nome de Deus!". O demônio continuava insatisfeito e lançou sua última carta: retirou a saúde do grande homem que os séculos cantam e glorificam em sua paciência. Jó, conta a Sagrada Escritura, ficou com a pior doença da época: a lepra. No monte de sua desgraça, Jó repetia: "Deus me deu, Deus me tirou, louvado seja o santo nome de Deus!". Depois de tantas provas de fidelidade, Deus restituiu a saúde, a família e o dinheiro a Jó.

Esse é o amor filial, o amor de reverência, o amor de adoração que se deve à Deus. Jó é um dos maiores homens do Antigo Testamento! Ele foi grande por quê? Porque soube amar a Deus no seu sofrimento. Soube se entregar por inteiro ao seu criador, de quem recebeu tudo sem nenhum mérito. Agora, ele retribuía com um pouco o muito que recebera: a sua existência.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Dia dos Pais: comemore com gestos simples




No próximo domingo, dia 12 de agosto, o Brasil comemora o Dia dos Pais. Essa festa foi criada nos Estados Unidos em 1909, quando uma garota, filha de um veterano de guerra, queria homenagear o pai em seu aniversário, pois ele havia criado sozinho os seis filhos, em função da morte de sua esposa. No entanto, a data só se tornou oficial no país em 1966, quando o então presidente norte-americano Lyndon Johnson decretou que todos celebrassem, no terceiro domingo de junho, essa data em homenagem aos pais.


No Brasil essa festa foi adotada no dia 14 de agosto de 1953, criada pelo publicitário Sylvio Bhering, no dia de São Joaquim, patriarca das famílias. Desde então no país todo o segundo domingo de agosto é dedicado aos genitores.

Mais do que uma data histórica, o Dia dos Pais precisa ser comemorado principalmente pelo olhar dos filhos, que devem demonstrar de coração o quanto amam e respeitam os pais.

Diferente de um simples dar presente, essa data precisa ir além do comercial, é necessário haver sentimento envolvido, é uma oportunidade de demonstrar seu amor. Um simples: “Eu te amo, pai!” vale muito mais do que o presente mais caro do mundo.

É necessário rever o conceito que temos de que o Dia dos Pais é apenas um dia, todos os momentos que você puder, ame o seu pai, curta o seu pai, divirta-se com ele. Pode ter a mais absoluta certeza de que, se um dia seu pai se lembrar de algo que você fez para ele, ele vai se lembrar do gesto mais simples, das brincadeiras que você fez com ele, do dia em que vocês se divertiram juntos e não do dia em que você lhe deu o presente mais caro.

Aproveite essa data para fazer a experiência de usufruir cada momento para estar com o seu pai, realize os gestos mais simples, porque são esses que fazem toda a diferença e que marcam realmente.

Se você não tem seu pai mais aqui na terra, reze por ele, relembre os momentos bons que vocês viveram juntos e também as dificuldades que enfrentaram. O amor supera tudo!

Viva um Dia dos Pais diferente neste ano e deixe uma marca em seu pai, para que nunca mais ele se esqueça dessa data e do dia que ele viveu com você.

Feliz dia dos Pais!!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE: O ROSTO JOVEM DA IGREJA




Imagine fazer amizade com jovens do mundo inteiro. Imagine shows, catequeses, eventos culturais, conhecer grandes países e capitais. Imagine adorações, Missas, confissões, ver e ouvir o Papa e fazer uma inesquecível experiência com Jesus Cristo. Agora imagine milhões de jovens fazendo a mesma experiência que você. Isso existe?





Sim, desde 1986 essa realidade vem atravessando gerações e fronteiras e reunindo jovens dos quatro cantos do planeta, na Jornada Mundial da Juventude, cuja sigla é JMJ.
Criada por João Paulo II em 1986, a JMJ já reuniu quase 13 milhões de pessoas ao longo de sua história, tornando-se o maior evento jovem do mundo. Este evento congrega jovens católicos (e também não católicos) diante de uma convocação do Santo Padre para peregrinarem a um determinado país e, ali, ter um encontro com Jesus Cristo como num grande cenáculo.
Dois eventos importantes marcaram o início da JMJ: o Jubileu de 1984 e o Ano Internacional da Juventude, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985. Nesse ano da juventude, João Paulo II lançou a Carta aos Jovens , e em 1986 os convidou para mais um encontro em Roma, que seria a primeira Jornada Mundial da Juventude.
Em 1987, o saudoso Pontífice polonês convocou os jovens para mais um encontro em Buenos Aires, tornando a JMJ um encontro de peregrinação internacional. Nesta edição João Paulo II reafirmou o que vinha afirmando aos jovens desde o início de seu pontificado: “Vós sois a esperança da Igreja, vós sois a minha esperança“. Rapidamente as Jornadas Mundiais, com esse público, responderam a esse clamor do Papa, reunindo milhões de jovens em vários lugares do mundo, como em Manila – Filipinas, onde se registra o recorde de peregrinos, mais de 4 milhões de pessoas.
Uma jornada especial foi a de Czestochowa em 1991, a primeira edição depois da queda do Muro de Berlim, na qual jovens vindos de dois blocos separados e hostis (oriente e ocidente) puderam, finalmente, celebrar de mãos dadas a fé em Jesus Cristo. A jornada de 2000 também foi especial, mais de 2 milhões de jovens foram a Roma para celebrar o Jubileu da Igreja. Essa edição ficou marcada pela espontaneidade de João Paulo II na vigília de Tor Vergata. “Acredito que a espontaneidade de João Paulo II foi uma coisa que cativou a todos nesta jornada”, afirma Odair José, que participou desse evento nesse ano.
“Foi uma coisa impressionante, mais de um milhão de pessoas ali reunidas, e quando o Papa falava havia aquele silêncio para ouvir a voz do Pastor “, lembra Marcelo Cintra, que atendeu ao chamado de João Paulo II e foi a Toronto – Canadá para a JMJ do ano de 2002, a última jornada de João Paulo II. “Todos os anos o Papa dizia ‘vejo vocês em tal lugar (próximo país-sede)’ e, no final dessa JMJ, ele disse ‘Jesus espera vocês em Colônia – Alemanha’ (JMJ de 2005)’. O Papa sabia que ele não estaria em Colônia, acho que por causa da saúde dele”, recorda Marcelo, emocionado.
“Essa JMJ vai ser emocionante porque vai ser a primeira Jornada com dois Papas: um no céu e outro na terra”, pensou Hugo Daniel, que participou da JMJ de Colônia em 2005, a primeira vez sob o comando do novo Pontífice: Bento XVI. Essa edição criou uma grande expectativa em muitos jovens, e quem acreditava que o número de participantes diminuiria devido à morte de João Paulo II se enganou, mais de 2.5 milhões de jovens peregrinaram à cidade alemã para um encontro com o Papa alemão.
A última edição da Jornada Mundial da Juventude, em 2008, foi realizada na Oceania, em Sidney – Austrália, onde mais de 500 mil jovens se reuniram para ser renovados pelo Espírito Santo de Deus. “Um dos momentos mais emocionantes foi quando, num diálogo com Bento XVI, uma jovem disse: ‘Santo Padre, assim como Pedro reunido com os apóstolos no cenáculo foi testemunha do derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja, nós estamos aqui novamente reunidos com Pedro e pedimos que o senhor clame sobre nós este novo Pentecostes’. Nesse momento eu pude renovar a minha experiência com o Espírito Santo”, testemunha Wagner, que viajou para o outro lado do mundo para participar desse evento nesse ano.
Seguindo a tradição de celebrar uma edição da JMJ na Europa e outra fora desse continente, em 2011, a próxima edição deste evento será celebrada em Madri, na Espanha. Segundo a organização do evento são esperados mais de 2 milhões de jovens na capital espanhola.
Neste ano, em Madri, vamos bater o recorde de participação com quase 14 mil jovens brasileiros inscritos”, disse padre Sávio, assessor do Setor Juventude da CNBB.
Segundo o sacerdote há fortes indícios de que a próxima edição seja celebrada no Brasil. “A CNBB, na pessoa de Dom Eduardo Pinheiro, já enviou o pedido para o Pontifício Conselho para os Leigos (Dicastério do Vaticano que organiza a JMJ), portanto, devemos estar em massa nesse evento e fazer uma grande festa em Madri se Bento VXI anunciar o Brasil como o país-sede de 2013″, concluiu padre Sávio.